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domingo, 10 de junho de 2012

Logo eu...

Postado por Carla às 02:43


Quem diria... logo eu que jamais quis ser mãe, e com a arrogância típica de toda a feminista dizia: " Não tenho o menor instinto maternal. Ser mãe não faz e jamais fará parte dos meus planos". Logo eu que pregava, como se isso fosse uma coisa boa: "Pra mim ninguém no mundo é mais importante do que eu mesma". Eu que fiquei sem chão quando me descobri grávida, que chorava noite e dia  por ter que alterar toda a minha vida, por causa da nova vida que estava chegando. Logo eu, que olhava com tristeza minha barriga crescer, que reclamava que meu corpo estava se deformando, que procurava obsessivamente por alguma estria que pudesse aparecer na minha barriga e pensava que assim que o bebê nascesse eu correria para uma academia. Logo EU, tão egoísta, tão vaidosa, tão arrogante e presunçosa, ao ouvir chocada o choro do meu bebê que era retirado do meu ventre, desabei num choro compulsivo que ficou ainda mais intenso quando o pai do meu bebê o trouxe para que eu pudesse vê-lo. Chorei mais ainda quando encostei meu nariz no dele e lhe disse “ Sou eu!" e ele, que chorava, se acalmou imediatamente.
 Eu choro, toda a vez que ele chora por sentir cólicas e infernizo a vida do seu pediatra com ligações fora de hora desde que saí do hospital. Meus mamilos sangram por causa da amamentação, às vezes grito e choro de dor quando ele suga com aquelas gengivinhas poderosas todo o meu colostro, todo o meu leite...toda a minha energia. Mas me pergunte se penso em parar de amamentar? Jamais! danem-se os peitos, meu reizinho Arthur precisa comer.
Arthur não curte chupeta, não adianta enganá-lo, ele já decidiu q a chupeta é meu mamilo e portanto, o solicita de hora em hora. Vc acha q eu consigo negar?
Eu fico feito uma idiota olhando pra ele enquanto ele dorme, e chego a incomodá-lo com tantos beijos.
Eu que sempre achei minha boca meio feinha, passei a achá-la linda porque toda a vez q me olho no espelho vejo a boquinha do meu filho. Eu não me incomodo por ter que acordar a noite para amamentá-lo ou trocar suas fraldas. Me sinto feliz cuidando dele.
Eu me emociono toda a vez que ele reconhece a minha voz e o meu colo.
Eu já não imagino passar mais um dia da minha vida sem ele.E tudo q eu vivi, por mais que tenha me dado alguma alegria antes dele, não é nada perto do que sinto quando estou com ele e posso beijar suas mãozinhas, sentir aquele cheirinho,ouvi-lo "resmungar".
A maternidade muda as pessoas, as torna melhores e mais humanas. Depois de tudo isso, pensando em tudo o que aconteceu a conclusão que cheguei foi que o Arthur não precisa de mim, se eu não o desejasse teria uma fila de gente dando um dedo para ficar com ele, quem precisa do Arthur sou eu. Sua mãe que foi se tornando melhor assim que o ouviu pela primeira vez!
Agora me dê licença, que eu preciso "servir o café da manhã" do meu Arthur!

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