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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Falando em Artes Marciais

Postado por Carla às 16:55
                           
                          
gina carano gaja mais sexy muay thai lutadora boazona


Tive a minha segunda aula de Muay Thai. Depois de aprender os socos básicos: Jab, o cruzado, e o upper, hook. Alguns chutes, joelhadas e o clinch, fomos para o "confronto" .
Foi complicado entender as seguências de golpes que exigem coordenação motora, agilidade e cadência. Quando finalmente comecei a executar os golpes de forma quase decente, o instrutor fala todo animado: "Ok, pessoal!!! Vamos agora treinar um pouquinho de combate, só para vocês irem se familiarizando, sem pressão tá bom!" Como era de se esperar, me senti instantaneamente pressionada. Naturalmente tive vontade de correr o mais rápido que eu que eu pudesse em direção a saída sem olhar para trás,e só parar quando chegasse em casa. Em vez disso, eu vesti o colete que protege  o tronco, a proteção para a cabeça, as caneleiras e as luvas, imaginando quanto tempo seria necessário para que eu conseguisse esquecer a vergonha que eu estava prestes a passar.
Meus colegas ficaram sentados me observando enquanto o instrutor apontava pra mim e sinalizava para que eu subisse no tatame com ele. Depois do cumprimento inicial, começamos a luta,se é que se podia chamar o que eu estava fazendo de lutar. Comecei a mecher os braços e as pernas descordenadamente, feito uma tartaruga tombada sobre o próprio casco, tentando se levantar. Um menininho de 5 anos teria mais desenvoltura que eu. Enquanto levava um soco no rosto, que só não me machucou porque eu estava protegida (embora meu instrutor pegue leve pelo fato de se estar iniciando, acaba doendo um pouco) vi meu marido me observando enquanto bebia água, foi rápido, mas pude ver que ele estava prestes a virar do avesso de tanto rir. Quando enfim acertei o estômago do meu instrutor (por pura sorte, por que eu não fazia idéia do que estava fazendo) fiquei preocupada se o tinha machucado, enquanto eu me descidia se ficava orgulhosa ou se pedia desculpas levei um "coise" no peito que também estava protegido e soltei um grito, que deve ter sido muito engraçado porque segundo o meu marido parecia o som de um gato sendo pisado no rabo. Eu ainda tinha 1 minuto de luta, mas desisti e disse que já estava bom para aquele dia.
Saí de lá frustrada, não sei se mais por ter ido tão mal na luta, ou se por ter desistido antes do tempo.
Cheguei em casa e treinei na frente do espelho, e até no chuveiro.
Hoje quando meu marido chegar vou treinar os socos com ele e  simulando um combate (a famosa sombra), embora ele não saiba Muai Thay, aprendeu um pouco de boxe e já vai servir para um "treino caseiro para uma iniciante".
EU NÃO VOU DESISTIR. Tenho repetido isso constantemente pra mim mesma.
Vocês devem estar se perguntando: "Mas por que Diabos, ela quer continuar, já não foi suficientemente constrangedor?"
Não vou parar por que desistir das coisas vira  rotina se a gente deixar. Quantas vezes a gente desiste de alguma coisa por MEDO de parecermos ridículos ou por MEDO de fracassar, ou por MEDO de sair da zona de conforto (no meu caso agora, acrescento também o medo de apanhar!!!) a gente evita o sofrimento da frustração dos possíveis erros, e vive com sofrimento de não termos feito o que tínhamos vontade, aí inventamos desculpas: "não tive tempo", "não tive oportunidade","não tinha importância" Desistir  daquilo que queremos, mas achamos difícil de fazer, nos condiciona a pensar que não temos CAPACIDADE.
Não consigo imaginar algo  mais triste do que duvidar de sí mesmo.


Ah! A foto acima é da lutadora amaricana de MMA Gina Carano.

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